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26 de Novembro de 2024

Entendendo a inversão de fluxo

Desde o dia 1º de outubro de 2024, os integradores que trabalham em São Paulo (especialmente na área da CPFL Paulista) e no Rio Grande do Sul (principalmente na área da RGE) têm recebido respostas aos seus pedidos de conexão com a triste notícia de que seus projetos precisarão ser limitados devido à identificação de inversão de fluxo no local.

A ANEEL, após meses de discussão aprovou, em julho de 2024, a Resolução Normativa 1.098/2024 (REN 1.098/24).

Inversão de fluxo: Reunião da ANEEL termina sem definição

Esta REN foi publicada no dia 31/07/2024 e dava às distribuidoras o prazo de 60 dias para se adequarem às suas disposições. Como esse prazo acabou em 31/09/2024, as mudanças começaram a valer a partir de 01/10/2024, trazendo também as “reprovas” dos projetos.
 

A REN 1.098/24 inseriu o artigo 73-A na REN 1000/21, que define 3 situações em que a distribuidora não precisa analisar a inversão de fluxo de potência nos projetos:

a) Projetos zero grid: ou seja, aqueles que, a partir da configuração dos inversores e da instalação de proteções, não injetem energia na rede de distribuição;

b) Projetos cuja potência instalada seja compatível com o consumo simultâneo da unidade consumidora local, desde que possuam até 50 kW (pois esta é a potência máxima conforme o critério de gratuidade – ao qual há referência nesta opção).

c) Projetos com capacidade instalada de até 7,5 kW, em autoconsumo local (“fast track”). Neste caso, , o usuário se declara ciente de que não pode enviar nem receber excedentes/créditos a outras unidades consumidoras e de que, se optar por incluir beneficiárias no futuro, seu sistema terá que passar por novo processo de homologação.


O que é a inversão de fluxo?

A inversão de fluxo de potência é um problema apontado pelas distribuidoras como consequência do crescimento da implantação de novos projetos de GD, que acarretariam sobrecarga, interrupções no fornecimento de energia e desequilíbrio de tensão. Ocorre quando a energia gerada por sistemas de geração solar é maior do que a demanda local e é injetada na rede elétrica. É comum em horários de pico de produção solar, como ao meio-dia e pode ocorrer em residências, empresas ou indústrias.